Nesta quarta-feira em entrevista a imprensa moçambicana,
o líder do terceiro maior partido de Moçambique o MDM, Daviz Mbepo Simango,
afirmou que apoia a ideia de criação de províncias autónomas,
ideia esta criada por Afonso Dhlakama, o líder do maior partida da
oposição moçambicana, Renamo.
Na visão de Simango, a criação de províncias autónomas
que vai consistir em as províncias escolher os seus governadores por meio de um
processo de eleição será uma medida que vai garantir que se introduza a «cultura
de responsabilidades» em Moçambique, o que na não existe actualmente na visão
de Daviz Simango.
O actual presidente do Município da cidade da Beira
considera que Moçambique está a viver uma forte cultura centralista e
hegemónica e que precisa, por isso, de contrapor a mentalidade, defendendo
ainda que só através do processo de votação é que o cargo administrativo poderá
ser exercido democraticamente.
«Num verdadeiro Estado de Direito, governa quem tem aval do povo e isto faz-se através do voto nas urnas, de forma transparente, livre e justa», referiu Daviz Simango, citado pelo O País.
De lembrar que o líder da Renamo defendeu que o
projecto de autarquias provinciais é irreversível "a bem ou a mal",
apesar do chumbo no parlamento, e que é o modelo eficaz para manter a paz e
democracia em Moçambique. "Não podemos ficar indiferentes à arrogância do
poder e, a bem ou mal, o projecto das províncias autónomas deverá ser implementado", declarou Afonso Dhlakama na abertura da V sessão ordinária do Conselho Nacional do partido Renamo, insistindo que a iniciativa não compromete a coesão do país, uma vez que não implica a independência das províncias.
Agora espera-se ver qual será o futuro de Moçambique com
tantas ideias contraditórias pairando na nossa sociedade.
De uma ou de outra forma é inegável que o povo só deseja
duas coisas, manutenção da paz e o desenvolvimento do país.